SÃO PAULO – Guiado pelos bancos e pelas ações ligadas as commodities, o Ibovespa acelerou as perdas e às 11h49 (horário de Brasília) desta segunda-feira (30) registrava baixa de 0,94%, aos 75.258 pontos, com os investidores digerindo a pesquisa Ibope mostrando Lula com folga na liderança. Além disso, o mercado acompanha de perto a sucessão da presidência do Federal Reserve e ata do Copom (Comitê de Política Monetária), eventos que prometem definir o rumo do mercado nesta semana.
A pesquisa Ibope sobre as eleições presidenciais divulgada no último domingo (29) mostrou que Luiz Inácio Lula da Silva e o deputado federal Jair Bolsonaro iriam para o segundo turno caso o pleito fosse hoje. Em todos os cenários, o ex-presidente ficaria com o mínimo de 35% e o máximo 36% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro teria 15% em cenário contra Lula – veja mais clicando aqui.
De acordo com analista consultado pelo InfoMoney, essa disparada está relacionada as caravanas que o ex-presidente está fazendo pelo Brasil, como que está ocorrendo em Minas Gerais, e as próximas pesquisas devem seguir mostrando a força eleitoral de Lula. Segundo ele, o mercado deve entender que o petista estará no segundo turno caso não se torne ilegível para 2018 e sua vitória (ou não) dependerá da força política de seu adversário. Perguntado sobre o segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o analista acredita que o mercado tem medo dos dois candidatos e recentes consultas com investidores mostraram que o nome do ex-presidente assusta ainda mais, fato que justifica o estresse visto nesta manhã.
Com Lula ganhando força e perda de espaço dos candidatos considerados “pró-mercado”, o clima de aversão ao risco domina o pregão, encabeçado pelas ações do setor financeiro e do setor de commodities, essas por conta da forte queda do minério de ferro na China, o que pressiona os papéis da Vale (VALE3) e siderúrgicas. No mesmo momento, os juros futuros com vencimento em janeiro de 2019 operavam em alta de 3 pontos-base, cotados a 7,31%, enquanto os contratos de janeiro de 2021 subiam 5 pontos, aos 9,13%. Enquanto isso, o dólar comercial registrava alta de 0,25%, cotado a R$ 3,25 na venda.
