De um lado, PSD, PSB, PP, PR, PT, PDT e PCdoB disputam a possibilidade de indicar um nome para a chapa majoritária da candidatura à reeleição do governador Rui Costa (PT). Do outro, quando questionado publicamente sobre as tratativas com vistas a 2018, o petista desconversa. Sempre responde que este é o momento de trabalhar e que só conversará sobre o tema no próximo ano. Entretanto, nos bastidores, as movimentações apontam que Rui já bateu o martelo e definiu quem deve marchar ao lado dele no pleito estadual.

A composição de partidos que participarão da chapa será mesmo aquela que vinha sendo especulada com intensidade, tanto no mundo político, quanto pela imprensa: PT, PP e PSD. No “alto escalão” da chapa, a reedição da parceria que venceu em 2014: Rui e João Leão (PP) sairão como governador e vice, respectivamente. Já no Senado, uma vaga é do ex-governador Jaques Wagner (PT), que abriu mão em 2014 para abrir espaço para a candidatura de Otto Alencar (PSD). A outra será mesmo ocupada pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Angelo Coronel (PSD). “O jogo já está jogado”, disse ao Bahia Notícias um nome que acompanha de perto as articulações para 2018.

Coronel negou que haja alguma definição sobre o assunto. “Essa é uma questão que fica para o partido definir a posição que devemos jogar. Estou na concentração, aquecido. Se o partido resolver me colocar para jogar, estou pronto”, declarou. Esse desenho da majoritária, como previsto em uma situação na qual há muitos postulantes para pouco espaço, já tem provocado resistências dentro da base governista.

A senadora Lídice da Mata (PSB), que tem sido mais incisiva nas declarações públicas sobre seu desejo de disputar a reeleição ao Senado ao lado de Rui, demonstra inconformismo com a possibilidade de ser preterida. A pessoas mais próximas, ela tem declarado que pode se candidatar sozinha para mais um mandato. “Ela sai candidata ao Senado de qualquer jeito”, afirmou uma outra fonte que participa das conversas.

O possível voo solo da socialista, no entanto, não é tratado publicamente e, apesar das negociações avançadas sobre o próximo ano, nenhum dos interlocutores se predispõe a tratar do tema. Mesmo com o cenário inicialmente delineado, eventuais mudanças pontuais podem acontecer a partir das articulações que envolvem outros partidos da base aliada.

Bruno luiz/BN

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