A PGR denunciou Jair Bolsonaro hoje ao STF por “racismo praticado contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs”, de acordo com o site da Procuradoria.
O motivo, segundo Raquel Dodge, foi a palestra de Bolsonaro na Hebraica do Rio, em abril do ano passado, em que o presidenciável teria usado “expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio e atingindo diretamente vários grupos sociais”.
Publicidade
No discurso, o deputado disse “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, (na) quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”. Também culpou índios pela não construção de três hidrelétricas em Roraima e criticou as demarcações de terras indígenas.
Na mesma ocasião, Bolsonaro afirmou que os quilombolas “não fazem nada” e “nem para procriador (…) servem mais”.
Na denúncia, Dodge chamou a conduta do deputado de “ilícita, inaceitável e severamente reprovável”. Se condenado, ele poderá cumprir pena de reclusão de um a três anos; a PGR também pede pagamento mínimo de R$ 400 mil por danos morais coletivos.
Dodge também acusou formalmente Eduardo Bolsonaro, filho de Jair e igualmente deputado federal, por ameaças a uma jornalista.