O Banco do Nordeste efetivou, nesta semana, sua maior operação de crédito. O contrato de financiamento viabilizará investimento recorde no sistema de transmissão de energia elétrica da Região Nordeste. No valor de R$ 1,1 bilhão, o financiamento foi concedido ao Grupo Equatorial.

Com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o projeto promoverá a construção de 830 quilômetros de linhas de transmissão e de subestações elétricas, que beneficiarão diretamente o Sistema Interligado Nacional (SIN) na Região, a partir da garantia de melhor qualidade e confiabilidade no fornecimento de energia elétrica aos nordestinos.

Além dos impactos estruturantes, os investimentos na expansão do Sistema também garantem a geração de cerca de três mil empregos diretos, nas fases de construção e operacionalização.

“A realização desta operação por meio do BNB expressa, ao máximo, a certeza de que estamos executando o nosso foco primordial como vetores de desenvolvimento no Nordeste, já que viabilizamos as condições para execução de um projeto de tamanha relevância para a Região. O empenho de nossas equipes e o importante recurso oriundo do FNE tem garantido que vultosos investimentos como este sejam aplicados diretamente na melhoria da prestação de serviços básicos essenciais para a população, como é a energia elétrica”, assegurou Expedito Neiva, superintendente estadual do Banco no Maranhão.

Com a conclusão da operação, o Banco do Nordeste supera a marca de R$ 10 bilhões já investidos por meio de recursos do FNE, apenas em 2018, em toda a sua área de atuação.

Os recursos contratados contemplarão investimentos nas etapas de estudos e projetos, construção civil, aquisição de máquinas e equipamentos e instalações operacionais, permitindo a expansão estrutural a partir da construção, operação e manutenção de linhas de transmissão. As obras acontecerão nos municípios de Correntina, São Desidério, Barreiras, Angical, Riachão das Neves, Cotegipe, Santa Rita de Cássia, Mansidão, Pilão Arcado, Campo Alegre de Lourdes, Remanso e Buritirama, no Estado da Bahia, e Dirceu Arcoverde, Coronel José Dias, Dom Inocêncio, Lagoa do Barro do Piauí e Queimada Nova, no Piauí. Com início imediato e conclusão prevista para fevereiro de 2022, o projeto beneficiará vários outros municípios nordestinos a partir do início da operacionalização.

De acordo com Eduardo Haiama, Diretor de Relações com Investidores da Equatorial Energia, essa operação representa uma parceria essencial entre os setores público e privado para a realização de investimentos em infraestrutura no Nordeste, impulsionando o desenvolvimento econômico e social da região. “Essas linhas de transmissão trarão maior segurança do ponto de vista de fornecimento energético, insumo essencial para o cotidiano da população e para o desenvolvimento de diversas atividades econômicas da região”, reforçou o diretor.

A Equatorial Energia é uma holding com atuação no setor elétrico brasileiro, nos segmentos de distribuição, transmissão, geração, comercialização e serviços no setor de energia elétrica. A companhia venceu o processo de concessão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e adquiriu o direito de executar o total de oito lotes, compostos por linhas e subestações, nos Estados da Bahia, Pará, Minas Gerais e Piauí, bem como suas operacionalizações como agente único, pelos próximos 30 anos.

No Maranhão, a Equatorial atua por meio da Companhia Energética do Maranhão (Cemar), a segunda maior distribuidora do Nordeste, em termos de concessão, e única concessionária de distribuição de energia elétrica autorizada pela Aneel para atuar no Estado, que hoje conta com cobertura do serviço em 333 mil quilômetros quadrados.

Empreendimentos
Os empreendimentos que compõem estes lotes estão localizados entre os estados da Bahia e do Piauí, somam 844 quilômetros de linhas de transmissão e tem investimento total estimado pela agência reguladora em R$ 1,528 bilhão. As linhas devem entrar em operação até 2022.

A partir de então deverão gerar Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 264 milhões. Em abril, os projetos obtiveram Licença Prévia do Ibama.

Número
1,1 bilhão
é o valor do financiamento assinado entre o Banco do Nordeste e o Grupo Equatorial

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