SÃO PAULO – A senadora Katia Abreu (PDT-TO), candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes, afirmou hoje que o PDT espera vencer o desafio do pouco tempo na televisão com o desempenho do candidato em debates e entrevistas na televisão. “Hoje ninguém cerca ninguém”, afirmou.
Katia afirmou que aceitou o convite para participar da chapa na quinta, mas o partido decidiu aguardar até domingo antes de oficializar a fórmula em uma última tentativa de fazer novas alianças. Ciro e Kátia terão o apoio apenas do Avante, até o momento. Gestões ainda são feitas para conseguir o apoio do PMN.
“Ciro foi o candidato mais procurado para alianças no Brasil, pela expectativa de vitória que desperta. E por essa expectativa é que se armaram amplas alianças contra ele”, disse Kátia, em alusão à coligação entre o PSDB e o Centrão em torno da candidatura presidencial de Geraldo Alckmin e o acordo de neutralidade do PSB com o PT.
Katia Abreu foi derrotada este ano na eleição suplementar para governador de Tocantins e já havia anunciado que não disputaria outra eleição no estado. A disputa tocantinense foi ganha por Mauro Carlesse (PHS), o presidente da Assembleia Legislativa, que havia assumido de modo interino quando o então governador Marcelo Miranda (MDB) foi afastado do cargo. A votação em Tocantins foi marcada por uma grande quantidade de votos brancos e nulos. Para Kátia Abreu, o caso de Tocantins não deve se repetir no Brasil.
“Em um Estado pequeno como Tocantins, o uso da máquina é inimaginável. Não serve de exemplo nem para o caso nacional, nem para o caso de estados de grande porte, como São Paulo e Rio de Janeiro. Não é possível comparar”, disse.
Kátia Abreu foi presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e ministra da Agricultura no governo de Dilma Rousseff. Já pertenceu ao DEM, PSD e MDB.