Foto: Priscila Melo / Bahia Notícias

Sócio da BP Investimentos, André Luzbel avaliou o cenário do mercado financeiro com a tragédia em Brumadinho, que com rompimento da barragem deixou ao menos 60 mortes. A barragem pertence à Vale.

De acordo com o economista, as ações da Vale, a curto prazo, vão sofrer um cenário de pânico. “O impacto na empresa foi algo surreal que a gente não via há muito tempo. Próximo passo é esperar para ver”, afirmou, ao Bahia Notícias, nesta segunda-feira (28).

As ações da Vale começaram o dia em baixa ao redor de 22. A Vale tem peso de 10,9% no Ibovespa, que também registra queda. O índice cedia 1,65%, a 96.063 pontos por volta das 11h.

“A bolsa não estava funcionando na sexta-feira. Então o primeiro reflexo que teve foi nos EUA. As ações da Vale nos EUA chegaram a cair 14% ao longo do dia e fecharam caindo 8%. Isso já sinalizava uma abertura nesta segunda-feira bem negativa. Lá fora está caindo mais 15% e aqui no Brasil as ações estão caindo 22%”, avaliou.

A Vale fechou quinta valendo R$ 300 bilhões. Hoje com queda de 20% já perdeu em valor de mercado mais de 60 bilhões.

“São dois movimentos importantes: os Fundos de investimento tendo que zerar posição a qualquer preço e tem muito gestor vai zerar por causa do risco de imagem da empresa. Todavia, a Vale é uma empresa que possui mais de R$24 bilhões em caixa e teve receita liquida superior a R$120 Bilhões nos últimos 12 meses. O que implica dizer que a empresa não deve passar por dificuldades financeiras no curto prazo” concluiu.

O presidente da Vale reforçou que o impacto operacional é menor do que o incidente em Mariana. Porém , o impacto socioambiental foi muito pior.

Fonte: Bahia Notícias

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