Uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde aponta que um em cada cinco brasileiros faz uso do celular enquanto dirige, medida que representa risco para acidentes de trânsito.
Os dados são da nova edição do Vigitel, estudo anual conduzido pela pasta que monitora fatores de risco para doenças e problemas que impactam no sistema de saúde. Foram ouvidas 52.395 pessoas acima de 18 anos que vivem nas capitais.
Ao todo, 19,3% da população destes locais diz usar o celular enquanto dirige. Entre aqueles de 25 a 34 anos, o percentual é ainda maior: 25%.
A pesquisa mostra ainda que pessoas de maior escolaridade -com 12 anos ou mais de estudo- são o grupo que mais assume esse risco, sendo 26,1% do total.
Entre as capitais, Belém tem o maior índice de motoristas que admitem usar o celular enquanto dirigem (24%), seguido de Rio Branco (23,8%) e Cuiabá (23,7%). Já aquelas com menor índice são Salvador (14,1%), Rio de Janeiro (17,1%) e São Paulo (17,2%).
Além do uso de celular, o estudo monitora ainda outros fatores de risco de acidentes de trânsito, problema que hoje representa a segunda mais importante causa de morte por fatores externos no país (ou seja, não ligados a doenças).
O excesso de velocidade é um deles. Ao todo, um em cada dez entrevistados, ou 11%, disse ter recebido multas de trânsito por esse motivo.
Um percentual que é maior entre homens do que entre mulheres (14% contra 7%) e, novamente, entre pessoas de 25 a 34 anos e de maior escolaridade (com cerca de 13% em ambos os casos).
Já entre as capitais, Brasília é aquela com maior índice de motoristas entrevistados que admitem cometer esse tipo de infração: 15,6%.
BEBER E DIRIGIR
Outro fator de risco de acidentes é o consumo de álcool antes de dirigir. Em 2018, 5,3% dos entrevistados informaram já terem conduzido veículos após consumo de bebidas alcoólicas.
Mais uma vez, o percentual foi maior entre pessoas de maior escolaridade (8,6%) e na faixa etária de 25 a 34 anos (7,9%). Também chama a atenção a diferença entre os índices dos homens e das mulheres: entre eles, a proporção dos que admitem beber e dirigir foi de 9,3%; entre elas, foi de 2%.
Em 2017, 35 mil pessoas morreram por acidentes de trânsito e 166 mil foram internadas. Os gastos com internações ficaram em torno de R$ 229 milhões.
Fonte: Bahia Notícias