Morta no domingo (25), após uma crise de asma seguida por uma parada cardíaca, a escritora, atriz, roteirista e apresentadora de TV Fernanda Young, já havia relatado dificuldades para encontrar remédio para seu problema de saúde, em 2013.
De acordo com o Uol, a artista comentou um episódio em 2013, quando passou por uma forte crise de asma e teve problemas para comprar remédio em São Paulo, porque o medicamento custava R$ 87, mas ela tinha levado R$ 80 e um cartão de crédito que foi recusado por problemas no sistema. “2:00 da manhã, a crise de asma me leva a farmácia. Tenho 80 reais e um cartão AMEX. O sistema está com problema. Valor da compra: 87 reais. Asma pode matar, e já tive crises severas. Peço um desconto. O vendedor diz que não pode. Estou passando mal e explico, ele se nega a ajudar. Tento ser rápida, preciso do medicamento. Ele diz que com receita é mais barato. Peço, nervosa, compaixão. O rapaz, Marcos, insiste que não.
A culpa é do sistema e ele não vai dar desconto, nem pagar do próprio bolso. Digo que sou mãe, que sou conhecida, que posso ter algo grave. Resolvo por um remédio e deixo o outro. Uso imediatamente. Ameaço expor a farmácia por antiética, ninguém liga”, relatou Fernanda Young. “Saio de lá um pouco melhor, passo em outra farmácia, o sistema aceita, e eu o uso. Agora em casa penso sobre como é banal morrer aqui.
No Brasil morrer é dar uma morridinha, como dar uma trepadinha, uma corridinha, uma dançadinha. Dane-se a vida. Um ciclista morre, e dane-se. Casas caem e danem-se, jovens se queimam enquanto comemoram e danem-se. São só morridinhas. Drogaria, estou melhor, e dane-se eu”, ironizou.
Fonte: Bahia Notícias