Após dois anos que perdeu o território que ocupava no Iraque, o grupo Estado Islâmico se reorganiza. As forças curdas na região afirmam que têm notado um aumento no número de ataques terroristas e acreditam que os militantes dessa organização estão cada vez mais perigosos. “Eles têm melhores técnicas, melhores táticas e muito mais dinheiro à disposição”, disse à BBC Lahur Talabany, militar curdo das forças antiterrorismo. “Conseguem comprar veículos, armas, comida e equipamento. São mais experientes com tecnologia. É mais difícil expulsá-los. São como a Al Qaeda sob esteroides”, de acordo com a Agência Brasil.
Talabany, que comanda uma das duas agências de Inteligência existentes no Curdistão iraquiano, acredita que “a fase de reconstrução” do autoproclamado Estado Islâmico no Iraque já terminou e alerta para um “aumento de suas atividades”. O militar curdo explicou que o grupo ressurge de forma diferente, não querendo controlar territórios de modo a evitar tornar-se um alvo. Por essa razão, tem ocupado as montanhas Hamrin, no Iraque.
“Esse é agora o centro do autoproclamado Estado Islâmico”, declarou Talabany. “É uma longa cadeia de montanhas e é uma zona que o Exército iraquiano tem muita dificuldade em controlar. Existem muitos esconderijos e cavernas”. Para o curdo, é possível que a atual agitação na capital Bagdá, que tem sido palco de manifestações violentas, possa ser benéfica para o grupo extremista, que poderá tentar recrutar muçulmanos sunitas, o que já ocorreu anteriormente.
“Se tivermos agitação política, então este é o céu ou o Natal antecipado para o autoproclamado Estado Islâmico”, alertou.
Fonte: Bahia Notícias