O ano de 2019 foi marcado, na Câmara Municipal, por discussões e votações polêmicas, a exemplo dos textos do Estatuto da Igualdade Racial, da regulamentação dos apps de transporte e do “ISS do Ônibus”. No entanto, mesmo com sistemáticos debates, alguns vereadores não fizeram nem dez pronunciamentos nos 11 meses de atividades parlamentares na Casa, segundo levantamento obtido pelo Bahia Notícias junto à Coordenação Taquigráfica da CMS, via Lei de Acesso à Informação. Cada edil recebe, por mês, R$ 18.732,56.
Para o ranking, o BN estipulou como critério apenas os vereadores que possuem mandato atualmente na Câmara. Parlamentares licenciados não fazem parte da conta. O presidente da Câmara, Geraldo Jr. (SD), também não é contabilizado.
No top 5 dos mais calados, curiosamente, todos os edis são da base do prefeito ACM Neto (DEM). No topo da lista está Beca (Cidadania). Ele fez apenas um pronunciamento no plenário ou tribuna da Casa. No total, ele esteve dois minutos nos microfones da Casa. Para subir ao lugar mais alto do pódio, ele precisou falar três minutos a menos que o líder do MDB na Câmara, Daniel Rios, que se pronunciou durante cinco minutos. Ambos se pronunciaram em fevereiro. Depois disso, nunca mais tiveram voz ouvida nas transmissões das sessões da Câmara, de acordo com o levantamento.
Cabe ressaltar que ambos possuem o mesmo número de pronunciamentos do atual secretário municipal de Ordem Pública (Semop), Felipe Lucas, que encontra-se licenciado das atividades legislativas por estar numa secretaria. Eles ainda possuem menos discursos que um parlamentar que atua em outra casa: Tiago Correia (PSDB), vereador também licenciado, que atualmente é deputado estadual na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
O terceiro colocado na lista é Alfredo Mangueira (MDB), segundo vice-líder do governo na Casa. Embora tenha se pronunciado três vezes, é o vereador da lista que passou menos tempo falando: apenas um minuto e meio, em março, agosto e setembro.
Fechando o top 5 estão mais dois vereadores da base de Neto: Vado Malassombrado (DEM) e Fábio Souza (Podemos, ex-PHS). Vado teve seis pronunciamentos, totalizando 10 minutos “nos holofotes”. A maioria dos discursos aconteceu no mês de abril: três. Fábio, por sua vez, falou sete vezes, mas em discursos que se somaram em quatro minutos.
Além dos cinco, outro vereador não fez nem 10 pronunciamentos na Casa: Atanázio Júlio (PSDB), que entrou na Casa após Paulo Câmara (PSDB) ser eleito deputado estadual. O parlamentar se pronunciou seis vezes, totalizando 20,5 minutos, acima da média de todos os outros vereadores listados.
Fonte: Bahia Notícias
