A inflação de novembro em Salvador e na Região Metropolitana foi a segunda maior do país, segundo dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês com alta de 1,17%, variação significativamente acima da ocorrida no mesmo período do ano passado, quando o crescimento foi de 0,23%.
O IPCA de novembro também mostra aceleração na alta de preços na Região Metropolitana, já que, em outubro, o indicador subiu 0,45%. Esta foi a maior inflação mensal neste ano na região e a mais elevada para novembro desde 2015, quando o índice fechou em 1,19%. A alta do mês passado ainda ficou acima da média nacional, de 0,89%.
Segundo o IBGE, com o resultado de novembro, o IPCA da RM Salvador acumula alta de 3,36% no ano de 2020, número também maior do que o verificado em todo o país (+ 3,13%).
TRANSPORTES E COMBUSTÍVEIS PUXAM ALTA
A alta em novembro foi puxada por aumentos nos sete dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.
Dentre eles, o maior crescimento veio no setor de transportes (3,26%), que registrou a maior subida no mês e a mais elevada em sete anos, desde dezembro de 2013 (3,96%). O aumento dos preços deste grupo de serviços na RM Salvador foi o maior entre todas as 16 áreas investigadas pelo IBGE e bem superior ao índice nacional (1,33%).
No grupo dos combustíveis (9,84%), a gasolina teve maior crescimento (10,18%) e foi o item que, individualmente, mais elevou o custo de vida. O etanol também teve alta (10,55%).
O aumento dos transportes chegou a superar o dos alimentos e bebidas (2,11%), a segunda maior alta neste ano. O perfil da inflação dos alimentos seguiu semelhante ao de meses anteriores, com os produtos consumidos em casa (2,59%) exercendo a maior pressão, puxados principalmente por itens como a batata-inglesa (33,7%), o arroz (6,69%), o tomate (14,45%) e as carnes em geral (3,96%).
Outro grupo de despesas com bastante peso nos orçamentos das famílias, habitação (0,62%) também teve aumento relevante em novembro e foi a terceira principal influência no sentido de aumentar a inflação do mês na RM Salvador. As principais pressões vieram do gás de botijão (2,63%) e da energia elétrica (0,80%).
Apenas vestuário (-1,85%) e educação (-0,6%) apresentaram queda de preços no mês passado. Os dados divulgados pelo IBGE revelam que, nos 12 meses encerrados em novembro, a inflação acumulada na RM Salvador seguiu em aceleração, indo a 4,66% (frente a 3,69% no acumulado até outubro). Também passou a ficar maior que o índice nacional (4,31%).
Fonte: Bahia Notícias