Após justificar a opção política por Jair Bolsonaro em 2018, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), sinalizou que fez uma aposta na pauta econômica proposta pelo então coordenador da área na campanha, Paulo Guedes. Em visita à capital baiana como estratégia para alcançar mais espaço dentro do partido visando as eleições presidenciais de 2022,ele justificou mais uma vez ter votado em Bolsonaro com receio da realidade política implementada no país pelo partido dos trabalhadores (PT).
De acordo com o governador, um dos fatore que influenciou em sua decisão lá atrás, foi a política econômica proposta por Paulo Guedes. ‘Era melhor que a alternativa do PT’. Tentando descolar sua imagem do bolsonarismo, Leite já havia dito que ‘menosprezou a capacidade de fazer o mal do presidente’. Desta vez disse ter confiado que as instituições barrariam as ‘lamentáveis manifestações’ de Bolsonaro.
Para Leite, os escândalos de corrupção que envolviam o PT fizeram com que ele repensasse o voto.” Mais do que isso, o modelo econômico adotado pelo PT quebrou o país e a verdade é essa. O modelo estabelecido por Dilma fez o país ter um déficit e um desequilíbrio nas contas públicas de R$ 150 bilhões que gerou falta de credibilidade. Daí vem as pedalas que, inclusive, que geraram o processo de impeachment e arrebentaram a confiança de investidores no país, o desemprego foi a 14 milhões de desempregados, inflação em alta naquele período. O modelo econômico de Dilma e do PT quebrou o país e levou as pessoas à miséria”, defendeu.
Ainda de acordo com o governador gaúcho, à época, a volta do PT significaria o aumento da pobreza. A alternativa foi partir para Bolsonaro, já que se tratava de uma eleição em segundo turno.
“Do outro lado tinha um candidato que tinha manifestações de intolerância e de desrespeito, mas eu acreditava que sias manifestações e falta de compaixão seriam um problema menor ao enfrentar as instituições. Nós temos regras, nós temos um Supremo Tribunal Federal que, inclusive, já o criminalizou pelas suas decisões e práticas homofóbicas por exemplo. A legislação estabelece as práticas criminosas em relação ao racismo e outras manifestações de intolerância. Então as suas lamentáveis manifestações ao logo de sua trajetória política eu acreditava que seriam barradas pela institucionalidade que temos estabelecida”, disse.
Outro fator que teria feito Eduardo Leite votar em Bolsonaro foi revelado à imprensa baiana neste sábado (17). “O modelo econômico que se apresentava na proposta especialmente bancada por Paulo Guedes parecia ser aquele que, dentro das duas candidaturas, em uma eleição plebiscitária, ou seja, ou uma ou outra candidatura, era melhor que a alternativa do PT, por isso a escolha pelo voto em Bolsonaro. Não foi um apoio a Bolsonaro, apoiar é fazer campanha junto, é pedir voto, e isso eu nunca fiz. Pelo contrário, fiz a manifestação de voto com críticas marcando bem as minhas diferenças e isso quase me custou perder as eleições”, declarou.
Fonte: Bahia Notícias