A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai ser a colaboradora brasileira em um projeto que vai coletar e armazenar amostras biológicas de pacientes com tuberculose pulmonar ou tuberculose associada à Covid-19 em vários países. De acordo com o Ministério da Saúde, todo material será utilizado para entender o impacto causado pelo novo coronavírus na resposta imune em pacientes com tuberculose.
A pesquisa vai durar dois anos e vai contar com 450 pacientes voluntários. Desse total, 150 serão do Laboratório de Pesquisa Clínica em Micobacterioses e no Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 do INI/Fiocruz. Outros 150 são de uma entidade da Índia e 15º da África do Sul. Todos eles tem diagnóstico confirmado de tuberculose pulmonar, com e sem coinfecção pelo novo coronavírus.
A pesquisa já foi iniciada no Laboratório de Pesquisa Clínica em Micobacterioses do INI/Fiocruz, após aprovação pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), e aguarda a aceitação nos demais países colaboradores.
O estudo é liderado pela chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica INI/Fiocruz, Valeria Rolla, e foi selecionado no edital do CNPq para países dos Brics em parceria com a África do Sul e Índia. “Esse tipo de iniciativa valoriza os países dos Brics, que ainda têm alta carga de tuberculose, fortalecendo as parcerias e estreitando colaborações futuras com a nossa unidade”, disse Valeria Rolla.
Por fim, a iniciativa Abricot (Associative Brics Research in Covid-19 and Tuberculosis), vai investigar os efeitos do novo coronavírus, nas formas grave e leve/moderada, na tuberculose, e como isso afeta – e se afeta –, os resultados do tratamento da doença.
Fonte: Bahia Notícias