Agentes de salvamento aquático de Salvador podem entrar em paralisação. Na sexta-feira (17), os profissionais realizarão uma assembleia para deliberar sobre o tema, às 9h, em frente à Câmara Municipal.
Dentre as demandas, os salva-vidas reivindicam maior estrutura e um choque de gestão na autarquia municipal. “Há uma carga muito forte em cima dos salva vidas, inclusive psicológica. A falta de estrutura é total, de investimento e de gestão, e algumas perseguições que os salva-vidas reclamam”, explica Pedro arreto, presidente da Associação Baiana de Salvamento Aquático (Abasa) e diretor Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), grupo organizador do ato.
De acordo com o sindicalista, atualmente, há uma carência de 35 profissionais para a Salvamar, uma vez que o município dispõe de 245 agentes, em vez de pelo menos 280 exigidos por lei. “Desse total, pelo menos 1/3 têm mais de 50 anos, alguns com mais de 60, já perto da aposentadoria, e alguns já requereram isto. A prefeitura posterga. Então, é uma total falta de gestão”, reclama.
Por conta disto, eles cobram a convocação de 17 aprovados no concurso para a Salvamar, realizado em 2019 – no início deste ano, foram chamados 10 destes profissionais. “Só os concursados não suprem a vacância que temos hoje. Nem a lei que proíbe nomeações impede a nomeação dos novos concursados. A prefeitura deve, pelo menos, 35 profissionais ao quadro da Salvamar. A gente pede urgente a convocação desses salva-vidas e um olhar de reforço para esse verão”, pede.
Ele aponta defasagem nos equipamentos. O município nunca teria pago, segundo ele, o auxílio fardamento de R$ 450 por ano aos agentes.
O grupo ainda pleiteia a exoneração da chefe de Busca e Salvamento da autarquia, Fabiana Moura. “Ela não encaminha, pelo menos não temos visto as soluções. Não tem trato com os salva-vidas. É unânime. Os profissionais querem dialogar sobre trabalho, e não o encontram. Pegaram uma pessoa que não tem essa vivencia. Ela está sendo denunciada por uma série de irregularidades, numa ação que não foi proposta por nosso grupo”, afirma.
Ele ainda diz que o atual coordenador da Salvamar, Elenilton Gonçalves, não possui força para implementar mudanças. “A gente vê o cara tentar, dando soluções, mas não tem força. Isto está sendo travado por ela. Os salva-vidas vêm passando para nós que é preciso ter uma equipe confiável para dar suporte”, finaliza.
Fonte: Bahia Notícias