O fenômeno La Niña encontrou o seu fim entre o fim de fevereiro e o início de março deste ano após pouco mais de 3 anos de duração (2020-2023), correspondendo ao segundo evento mais duradouro de um histórico desde 1950 disponibilizado pelo Centro de Previsão Climática (CPC) da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA). O La Niña mais duradoura ocorreu de 1973 a 1976. Atualmente estamos sob condições neutras para o El Niño-Oscilação Sul (ENOS).

Todas essas informações não são mais novidades e já foram tratadas pela equipe de meteorologistas da Meteored, bem com a projeção e possibilidade de formação do fenômeno El Niño, que já está dando indícios do seu desenvolvimento através do intenso aquecimento da região Niño 1+2, mais próxima e costeira dos países Equador e Peru. Essa condição já está proporcionando eventos extremos de precipitação e já favoreceu a formação de um ciclone nunca registrado nesta região.

As previsões mais recentes, além de aumentarem a probabilidade do fenômeno, mostram um maior potencial para a ocorrência de um fenômeno intenso, equivalente ao dos períodos de 1997 a 1998 e de 2014 a 2016, que atingiram anomalias trimestrais máximas de 2,4 e 2,6°C.

O modelo CFSv2 já vem mostrando há várias semanas um aquecimento considerável a partir deste mês de abril na região central do Pacífico Equatorial, mantendo essa tendência até o fim do ano, com pico de intensidade de pouco mais de 2,0°C sendo registrado no trimestre outubro-novembro-dezembro. Vale lembrar que este mesmo modelo climático acertou na persistência do fenômeno La Niña ao longo de 2022.

No entanto, também vale ressaltar, que o modelo acerta a ocorrência dos eventos, mas, quanto à intensidade deles, há muita variação entre as rodadas do prognóstico no decorrer das semanas e até mesmo fatores não “vistos” ou “considerados”, o que torna difícil a determinação da intensidade do evento tanto tempo antes.

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