A Alemanha entregará “imediatamente” 64 mísseis terra-ar Patriot para Kiev, juntando-se a vários outros aliados da Otan no reforço das defesas aéreas da Ucrânia em sua guerra com a Rússia. O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, anunciou as entregas de mísseis nesta sexta-feira (16), no segundo dia de uma reunião da Otan em Bruxelas.
No mês passado, a Alemanha anunciou um pacote de ajuda no valor de quase US$ 3 bilhões para fortalecer a defesa do país, marcando a maior promessa de ajuda militar de Berlim desde o início da guerra.
Pistorius disse que a decisão é “um sinal muito importante para apoiar os esforços bem-sucedidos das forças armadas ucranianas para garantir a defesa aérea, especialmente agora nesta fase especial da guerra”. O anúncio ocorre quando Kiev disse que repeliu um “ataque aéreo maciço e combinado” da Rússia.
Pistorius também afirmou que os aliados da Otan podem estar prontos para remover alguns obstáculos no caminho da Ucrânia para a aliança militar. “Há sinais crescentes de que todos serão capazes de concordar com isso”, disse ele a repórteres em Bruxelas quando questionado sobre relatos de que os EUA estão abertos a permitir que Kiev passe sem um processo de candidatura formal exigido de algumas outras nações no passado.
Os membros da Otan estão correndo para concluir um plano para fornecer apoio de longo prazo à Ucrânia, mas discutem sobre como melhor garantir a segurança do país até que ele possa ingressar na aliança militar, segundo autoridades dos Estados Unidos e da Europa.
Faltando quatro semanas para a cúpula da Otan em Vilnius, que deverá aprovar o pacote, há um acordo de que a Ucrânia não pode ingressar na aliança enquanto os combates ainda estiverem em andamento contra as forças russas, posição acatada no início de junho pelo presidente Volodymyr Zelensky após meses implorando por admissão rápida.
Mesmo assim, segundo Pistorius, os debates para criar um atalho à adesão da Ucrânia existem e devem ganhar corpo.
(Publicado por Fábio Mendes, com informações da Reuters e de Nadine Schmidt da CNN)