O Congresso Nacional realizou sessão solene para celebrar o Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia. O evento, que aconteceu nesta quarta-feira (5), no plenário do Senado Federal, foi promovido por iniciativa do deputado federal Bacelar (PV) e contou com a participação do governador do Estado, Jerônimo Rodrigues, que enfatizou que a história precisa ser contada e reconhecida oficialmente por todo país e incluída nos livros de Direito, História e Geografia.
“Para que possamos contar a história do povo brasileiro, nós precisamos recontar a história e incluir personagens fundamentais como Maria Filipa e Joana Angélica, por exemplo, que hoje não estão nos nossos livros, não estão nas páginas da imprensa nacional e nem nos programas de televisão”, pontuou.
O deputado Bacelar destacou versos do hino ao Dois de Julho e afirmou que a estrofe “Nunca mais o despotismo regerá nossas ações. Com tiranos não combinam brasileiros, brasileiros corações” resume o espírito de luta movido pela chama da liberdade.
Para ele, celebrar a data é refletir sobre o verdadeiro significado do marco histórico na construção do Brasil que queremos. “Devemos honrar o legado dos nossos antepassados lutando incansavelmente por um país mais justo, igualitário e próspero”, disse Bacelar. Ele enfatizou ainda que “é nesse passado que encontramos a base necessária para construir o futuro que almejamos”.
Na solenidade, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, cantou o hino do 2 de Julho juntamente com a orquestra sinfônica da Força Aérea Brasileira, e discursou sobre o destaque, importância e a simbologia da cultura baiana para o país. Ela disse ainda que a cultura é peça fundamental para evitar erros do passado e garantir a democracia.
A FAB também apresentou as músicas Saudade da Bahia, Lamento Sertanejo e Toda Menina Baiana, cantadas por Taís Nader.
Os senadores Jaques Wagner (PT) e Randolfe Rodrigues e as deputadas Alice Portugal (PCdoB), Lídice da Mata (PSB) e Rogéria Santos (PL) também foram requerentes da sessão solene.
Mostra histórica fica em cartaz de 3 a 21 de julho, e celebra a expulsão definitiva das tropas portuguesas do território brasileiro
Após o evento, os parlamentares apresentaram ao governador Jerônimo Rodrigues a exposição “Dois de Julho: 200 Anos da Independência do Brasil na Bahia”. Composta de fotos, ilustrações e textos educativos, exibidos nas paredes do Corredor Tereza de Benguela, a mostra resgata a participação decisiva da Bahia nas guerras pela emancipação política do país, cujo ápice se deu com a expulsão definitiva das tropas portuguesas, no dia 2 de julho de 1823. A exposição ficará até o dia 21 de julho.