A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) registrou forte alta nos preços do milho ao fechar a sessão desta segunda-feira (24).
O cereal foi impulsionado pelos ataques realizados pela Rússia à infraestrutura portuária ucraniana, o que pode afetar o fluxo de embarques na região do Mar Negro e interromper o fornecimento de grãos.
De acordo com fontes internacionais, o ataque ao Danúbio teve impacto significativo em relação aos ataques a Odesa.
Atualmente, o Danúbio é a rota mais crucial para a exportação de grãos ucranianos.
A busca por cargas no Mar Negro caiu 35% em comparação com semanas anteriores, sendo afetada pela crescente incerteza em relação ao tráfego comercial.
A alta do petróleo e as preocupações com o indicativo de calor e chuvas irregulares em parte do cinturão produtor dos Estados Unidos ao longo desta semana também influenciaram positivamente as cotações.
Além disso, o mercado analisou os números das inspeções de exportação norte-americanas de milho.
Na semana encerrada em 20 de julho, as inspeções de exportação de milho dos Estados Unidos alcançaram 309.981 toneladas, de acordo com o relatório semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Esse valor ficou abaixo da expectativa do mercado, que esperava 425 mil toneladas.
Na semana anterior, as inspeções atingiram 411.430 toneladas, enquanto, no mesmo período do ano passado, o total inspecionado foi de 753.793 toneladas.
No acumulado do ano-safra, iniciado em 1º de setembro, as inspeções somam 34.232.224 toneladas, em comparação com 51.080.547 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.
Na sessão, os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 5,60 1/2 por bushel, com alta de 33,50 centavos de dólar, ou 6,35%, em relação ao fechamento anterior.
A posição dezembro fechou a sessão a US$ 5,68 1/4 por bushel, com um avanço de 32,00 centavos de dólar, ou 5,96%.