Rodoviários que trabalham no transporte metropolitano nas cidades vizinhas de Salvador (RMS) decretaram greve, por tempo indeterminado, na manhã desta segunda-feira (24). A categoria afirma que a medida foi tomada por falta de repasse da PEC das empresas, processo que inclui o pagamento da rescisão de duas empresas de transportes que atuavam na RMS e fecharam.
Por causa da greve, os ônibus do sistema metropolitano não saíram das garagens e os pontos da região ficaram lotados nas primeiras horas do dia.
Cerca 250 mil de passageiros são transportados diariamente por ônibus de cinco empresas, que circulam pelos municípios de Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari, São Francisco do Conde, Madre de Deus, e outros como Rio Real, o distrito de Subauma, em Entre Rios, Santo Amaro e outras cidades da região da Linha Verde.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus do Transporte Metropolitano de Salvador, Mário Cléber Costa, a categoria foi surpreendida pelo não pagamento do acordo feito em junho, das deliberações da PEC das empresas.
Mário Cléber Costa ainda afirmou que R$ 20 milhões do valor de R$ 36 milhões depositado nas contas do Governo da Bahia em outubro do ano passado, teria sido repassado para as empresas. O dirigente ainda acusa o Governo do Estado de querer destinar R$ 16 milhões que seriam para pagamentos das decisões dos trabalhadores das empresas falidas, para pagar dívidas com o metrô. O g1 entrou em contato com Governo do Estado, e aguarda respostas sobre as acusações.
“Isso é inconcebível. O metrô não usa óleo diesel, não está na PEC e é um desafio para a categoria e também para as empresas. Já destinaram R$ 20 milhões para as empresas e precisam destinar os outros R$ 16 milhões para pagamento dos trabalhadores”, afirmou.