Os economistas do mercado financeiro reduziram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano e de 2024.

A informação consta no relatório “Focus”, divulgado nesta terça-feira (7) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia.

A redução aconteceu após o corte de juros anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na semana passada. A Selic recuou de 13,75% para 13,25% ao ano naquele momento. Foi a primeira redução em três anos.

Além disso, no comunicado da decisão, o BC indicou que manterá o ritmo de diminuição do juro básico da economia nos próximos meses.

  • Para o fim de 2023, o mercado financeiro reduziu a expectativa para a taxa Selic de 12% para 11,75% ao ano.
  • Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia caiu de 9,25% para 9% ao ano.

Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem e no objetivo, em 12 meses, para o início de 2025.

Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.

Inflação

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, o mercado financeiro manteve a sua previsão em 4,84% para este ano.

Com isso, a estimativa dos analistas ainda segue superando o teto da meta definida pelo governo, fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A meta de inflação oficial será considerada formalmente cumprida se o índice em 12 meses oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Se a projeção do mercado financeiro se confirmar, este será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação, ou seja, no qual o IPCA fica acima do teto fixado pelo governo.

Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso, porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.

Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro caiu de 3,89% para 3,88%. A meta de inflação do próximo ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

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