As forças israelenses anunciaram na noite deste sábado (06/01) que destruíram a estrutura do Hamas ao norte da Faixa de Gaza, e que os membros do grupo radical islâmico que restaram na região agora “agem sem comandante“.
Apenas no bairro de Jabalia, norte da Faixa de Gaza, os militares alegam ter encontrado 8 km de túneis subterrâneos com 40 acessos.
O Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e diversos países ocidentais.
Porta-voz do Exército, Daniel Hagari não descartou a possibilidade de combates e disparos esporádicos de foguetes em direção a Israel, mas disse que os militares agora devem focar suas ações no centro e sul do enclave – onde está refugiada, em condições precárias, a maioria dos pouco mais de 2 milhões de habitantes do enclave palestino.
Nas últimas semanas, Israel foi diminuindo sua atuação no norte de Gaza e intensificando no centro e no sul.
O anúncio do Exército israelense antecede a visita do secretário de Estado americano Antony Blinken, que começou neste domingo uma nova série de viagens pelo Oriente Médio. Ante as mais de 22,8 mil mortes em Gaza desde o início do conflito, os Estados Unidos têm pressionado Israel a moderar sua campanha militar e se concentrar em ações mais específicas contra líderes do Hamas.
Embora se baseie em números fornecidos por entidades controladas pelo Hamas e que não podem ser verificados de forma independente, a contagem oficial de vítimas no lado palestino é tida como plausível por órgãos como as Nações Unidas. Os dados não diferenciam entre civis e combatentes, mas estima-se que cerca de dois terços das vítimas sejam mulheres e menores de idade.