A Bahia encerrou oficialmente a colheita da safra de algodão 2023/2024 na quinta-feira, 19 de setembro, com um total de 345.431 hectares plantados em todo o estado. Desse total, 247.609 hectares foram cultivados em regime de sequeiro, enquanto 97.821 hectares utilizaram irrigação. A colheita, iniciada em maio, foi predominantemente realizada na região Oeste, que correspondeu a 98% da área plantada, com 339.721 hectares. A região Sudoeste também participou da produção, com 5.710 hectares, principalmente em áreas de sequeiro.
Ao término da colheita, a produtividade média registrada foi de 325,45 arrobas de algodão em caroço por hectare, ligeiramente inferior ao desempenho da safra anterior, que atingiu 330,8 arrobas por hectare. No entanto, os números superaram as expectativas, especialmente diante dos desafios climáticos que impactaram os produtores durante o ciclo. Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), ressaltou as dificuldades enfrentadas, como as variações climáticas, e comemorou os resultados alcançados, considerando-os um marco positivo para o setor algodoeiro do estado.
A região Oeste da Bahia registrou um crescimento de 10,7% na área plantada em relação à safra anterior, que totalizou 312,5 mil hectares. Para a safra 2024/2025, a expectativa é de um novo aumento de 10,5%, alcançando 380 mil hectares cultivados. Até o momento, cerca de 75% da fibra colhida já passou pelo processo de beneficiamento, e aproximadamente 70% do algodão colhido foi analisado pelo Centro de Análise de Fibras da Abapa, garantindo a qualidade e o padrão da produção local.