Foto: Divulgação

Presente no Brasil desde 2008, o Robô Da Vinci chegou neste ano a Salvador. O equipamento permite que o cirurgião realize um procedimento minimamente invasivo, com visão tridimensional em alta definição e movimentos precisos.

“A cirurgia com uso do robô sangra menos, o paciente sai mais rápido do hospital, tem menor chance de necessidade de transfusão de sangue e retorna às atividades muito mais breve do que em uma cirurgia convencional”, explicou Frederico Mascarenhas, diretor médico da Uroclínica e especialista em cirurgia robótica. O médico é habilitado a operar o equipamento que será utilizado.

O projeto da unidade permitirá que pacientes baianos não precisem mais se deslocar para outros estados em caso de procedimentos com o robô. Apesar de considerar uma “evolução tardia”, o profissional avalia que a população da Bahia terá um grande benefício.

O sistema Da Vinci pode ser usado, segundo Mascarenhas, por todas as especialidades que realizam cirurgias minimamente invasivas, por laparoscopia. No entanto, inicialmente, sua utilização será apenas voltada para procedimentos urológicos, como tumores de próstata e rim. “Urologia é normalmente a especialidade que começa a fazer os procedimentos, mas logo ele é incorporado às outras especialidades”, pontuou.

CUSTO

Apesar dos benefícios, o equipamento não é de fácil acesso. A cirurgia robótica, por enquanto, não faz parte do rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Por conta disso, com algumas exceções, não tem cobertura dos planos de saúde.

“Na maioria dos lugares, os pacientes têm que arcar com o custo adicional pelo uso do robô”, informou o urologista.  Os custos hospitalares variam de R$ 10 mil a R$ 14 mil.

Mascarenhas acredita que a tendência é que todos os procedimentos sejam incluídos pela ANS. “Isso provavelmente é o caminho natural das coisas. Começa como um custo a mais, mas é ampliado em larga escala quando se enxerga o real benefício”, avaliou.

Quanto ao Sistema Único de Saúde (SUS), apenas alguns hospitais especializados – como o Hospital do Câncer de Barreiros e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) – oferecem a tecnologia.

Fonte: Bahia Notícias

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