Na terça-feira (30), dia em que se intensificou a crise política na Venezuela, 855 pessoas -848 delas, venezuelanas- ingressaram no Brasil pela fronteira com Roraima, segundo dados da Casa Civil. É praticamente o triplo da média diária de entrada, que tem sido de 250 a 300 pessoas.
A fronteira entre os dois países está fechada por ordem de Maduro desde 21 de fevereiro, mas venezuelanos que fogem da crise política e econômica continuam entrando no Brasil, especialmente por rotas clandestinas.
No mesmo dia, o governo brasileiro recebeu um total de 121 pedidos de refúgio por parte de venezuelanos na fronteira. Além disso, 80 solicitaram residência temporária no Brasil, 60 pediram renovação da solicitação de refúgio e 12 requereram certidão de regularização migratória.
Em uma tentativa de derrubar o ditador, líderes de oposição iniciaram um movimento com militares dissidentes, ao qual forças policiais reagiram, o que gerou confrontos em Caracas.
O líder da oposição, Juan Guaidó, e o preso político Leopoldo López se dirigiram à base aérea de La Carlota e anunciaram o movimento.
Em resposta, o ditador disse que as Forças Armadas seguem leais a ele e convocou uma manifestação popular em apoio a seu governo. López, que estava prisão domiciliar desde agosto de 2017, cumprindo pena de quase 14 anos por incitação à violência em protestos contra o governo, disse ter sido “liberado por militares à ordem da Constituição e do presidente Guaidó”.
Os dois deixaram a base quando o local passou a ser alvo de bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB), alinhada ao regime Maduro.
Isso deu início a uma série de confrontos pelas ruas de Caracas entre os opositores e as forças leais a Maduro. Dezenas de pessoas ficaram feridas na ação e López acabou se refugiando com a família na embaixada da Espanha em Caracas.
Fonte: Bahia Notícias