À frente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves disse não ter “dever algum” de investir dinheiro público para concluir a construção do Memorial da Anistia, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a declaração foi dada pela ministra em agosto, em resposta ao Ministério Público Federal (MPF), que questionou a descontinuidade das obras.
Na justificativa enviada ao órgão, o governo afirma que a construção de um Memorial da Anistia é “contraditória nos seus termos”, já que anistia “significa ‘esquecimento’”. “Um Memorial da Anistia seria algo como o Memorial do Esquecimento”, argumentou.
No dicionário Michaelis, anistia significa: “Perdão geral, esquecimento” e “Ato do poder público que declara impuníveis determinados delitos, em geral por motivos políticos e, ao mesmo tempo, suspende diligências persecutórias e anula condenações”.
Agora paralisada, a construção do memorial já custou R$ 26 milhões, cinco vezes mais do que o previsto inicialmente. Na última quinta-feira (15), 11 pessoas envolvidas na obra foram indiciadas pela Polícia Federal, sob suspeita de crimes de associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica, peculato, desvio, concussão e prevaricação.
Fonte: Bahia Notícias