Ao destacar os 1,8 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave causada pelo H1N1 e Influenza B, além das 380 ocorrências de morte na Bahia por gripe em 2019, o secretário estadual de Saúde (Sesab), Fábio Vilas-Boas, chamou a atenção da população para o perigo da doença, muita vezes minimizado. “As pessoas tem que ter medo de gripe”, disse ao descartar possibilidade de epidemia de coronavírus no Carnaval deste ano.
Na avaliação do secretário, a preocupação da população baiana e dos visitantes durante o Carnaval deve recair sobre a transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e vírus que causam doenças respiratórias.
“A epidemia está contida na Ásia, portanto não há nenhuma razão para qualquer pessoa pensar em algum risco de se contaminar com o coronavírus no Carnaval. A preocupação deve continuar sendo contágio com HIV, Aids, Hepatite viral B e C, e Sífilis. Que é o que se pega no Carnaval”, disse o titular da Sesab.
Mesmo com aumento de 600% nos casos de dengue no estado em 2019, o secretário rejeita a possibilidade de declarar estado de epidemia. A justificativa de Fábio Vilas-Boas foi baseada no histórico da doença. “A dengue é cíclica, tem ano que tem muito, no outro tem menos. Nós não temos nenhuma evidência de epidemia”, assegurou.
O secretário ainda afirmou que é positiva a proposta da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, de estimular que adolescentes retardem o início da vida sexual. “Evidente que desestimular o contato sexual precoce é algo desejável”, disse Vilas-Boas, ao ponderar que essa não deve ser a única política adotada para lidar com o problema de gravidez precoce e ISTs entre adolescentes. “Cabe ao estado prover todas as informações. Tanto no sentido de orientação e educação sexual, quanto todos os instrumentos necessários para proteção para que se tenha um sexo seguro”, completou.
Fonte: Bahia Notícias