O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem estabilidade na avaliação do governo, com aumento dentro da margem de erro tanto da parcela que considera a gestão ótima e boa (de 27% para 29%) quanto do grupo que a avalia como ruim ou péssima (48% para 49%).Os dados são da pesquisa XP/Ipespe do mês de maio.
Segundo a pesquisa, a acomodação nas pontas é permitida por uma redução no grupo que vê o governo como regular, que caiu de 24% para 20%.
Outros indicadores, no entanto, dão sinais de arrefecimento na avaliação negativa sobre ações do governo. Cresceu de 23% para 26% o grupo dos que consideram que a economia está no caminho certo — e oscilou de 65% para 63% os que acham que está caminho é errado. Também teve oscilação para cima, de 21% para 22%, os que veem como ótima e boa a ação de Bolsonaro para enfrentar o coronavírus.
Há também melhora na percepção da população sobre o momento da pandemia. Caiu de 55% para 50% o grupo que diz estar com muito medo do surto de coronavírus. Também cresce a disposição da população em se vacinar contra a doença: a soma dos que já receberam o imunizante com os que dizem que irão se vacinar com certeza atinge 90%, o maior resultado até aqui. Em tendência contrária, os que não irão se vacinar com certeza somam 3% — eles eram 11% no início de 2021.
Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional de 4 a 7 de maio. A margem de erro máxima é de 3,2 pontos percentuais para o total da amostra.
Os entrevistados foram questionados também sobre a CPI da Pandemia -70% dizem ter tomado conhecimento de seu funcionamento e 67% aprovam a instalação da comissão, mas apenas 46% dos que disseram ter conhecimento dela avaliam que atingirá seu principal objetivo.
Entre os dois caminhos de apuração possíveis, 45% avaliam que o principal objetivo é apurar falhas do governo federal, enquanto 35% dizem que é investigar irregularidades no uso de recursos por estados e municípios.
A pesquisa também mostra manutenção do cenário de polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula na disputa pelo Palácio do Planalto em 2022. Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, ambos oscilaram um ponto para cima – Bolsonaro agora tem 25% e Lula, 21%.
No cenário estimulado, os dois permanecem empatados, com 29% cada — Lula manteve o mesmo percentual de abril, e Bolsonaro oscilou um ponto para mais. Eles são seguidos por Ciro Gomes (9%) e Sérgio Moro (8%). O empate técnico entre Lula e Bolsonaro também persiste no segundo turno. O petista mantém seus 42%, mas vê Bolsonaro se aproximar, oscilando de 38% para 40%, dentro da margem de erro.
Em outros cenários de segundo turno, Bolsonaro permanece em empate técnico, mas numericamente à frente de Ciro (39% a 38%), Moro (32% a 30%) e Luciano Huck (38% a 34%). Ele venceria Guilherme Boulos e João Doria por 40% a 31%. Em todos esses cenários, Bolsonaro teve oscilação positiva, dentro da margem de erro, em sua intenção de voto.
Um eventual segundo turno entre Lula e Moro também registra empate técnico, com 40% para o petista e 37% para o ex-juiz.
Fonte: Bahia Notícias