A Procuradoria-Geral da República solicitou ao Supremo Tribunal Federal na sexta-feira (4) o arquivamento da investigação que apura a participação de onze parlamentares ligados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no financiamento e participação de atos antidemocráticos.
O pedido de abertura do inquérito foi feito em abril do ano passado pela PGR, dias após Bolsonaro participar de manifestações de seus aliados em frente ao QG do Exército, em Brasília.
O parecer do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, levou cinco meses para ser produzido, e no texto, ele afirma que as investigações da Polícia Federal não conseguiram provar a participação dos senadores e deputados nos crimes.
“Esse inadequado direcionamento da investigação impediu a identificação de lacunas e dos meios necessários, adequados e proporcionais para alcançar a sua finalidade, impossibilitou a delimitação do problema, e fez com que as anões e as diligências de toda a equipe policial se aímtassem do escapo das buscas e apreensões”, escreveu Medeiros no parecer.
Os parlamentares investigados são: Alê Silva (PSL-MG), Aline Sleutjes (PSL-PR), Arolde de Oliveira (PSD-RJ), Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Caroline de Toni (PSL-SC), General Girão (PSL-RN), Guga Peixoto (PSL-SP) e Junio Amaral (PSL-MG).
No caso dos deputados Daniel Silveira (PSL-RJ) e Otoni de Paula (PSC-RJ), que também foram investigados, eles já estão denunciados ao Supremo com base nesse inquérito, neste caso, o arquivamento não se aplica.
O ministro Alexandre de Moraes irá analisar a solicitação feita pela PGR.
Fonte: Bahia Notícias