O Bahia Notícias revelou há uma semana que a variante P.1 da Covid-19, identificada primeiramente na cidade de Manaus-AM, representava 80% das infecções no estado. Nesta sexta-feira (25), um estudo do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA) apontou um aumento desse percentual, indicando que a cepa amazonense tem prevalência de 85% dos casos da doença registrados na Bahia.
O sequenciamento de 305 genomas do novo coronavírus até o último dia 19 de junho revelou que, além da variante de Manaus, outras 22 linhagens diferentes do SARS-CoV-2 circulam de forma concomitante no estado.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), a P.1 é caracterizada como uma cepa mais agressiva do ponto de vista da transmissibilidade e possibilidade de agravamento mais rápido da infecção.
“Os dados sugerem que a mobilidade humana representa um fator crucial para a dispersão do vírus da Covid 19 e das novas variantes, portanto distanciamento social e medida de restrições ainda continuam sendo essenciais para tentarmos minimizar a circulação deste patógeno no estado e no país”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, em nota publicada pela Sesab.
“Enquanto a remessa de vacinas não atinge o ritmo necessário para interromper o ciclo de infecções e reinfecções, medidas como distanciamento social, uso de máscara e higiene frequente das mãos ainda são as melhores formas de frear o contágio e a dispersão do vírus, evitando assim que ele se multiplique e se modifique a cada transmissão, evitando o surgimento de novas cepas”, concluiu Villas-Boas.
Fonte: Bahia Notícias